Fragata D. Fernando

Informação

Na próxima quarta feira os alunos da turma de QEF vão visitar o Museu Naval, em Almada. Na parte da manhã vão visitar a Fragata D. Fernando e Glória.

Na parte da tarde  vão visitar o submarino que está atracado ali perto.

Visita à Herdade da Gâmbia

Montado de Sobro

No dia 15 de novembro de 2017, os alunos da turma de Questões de Economia e Finanças, partiram da Unisseixal, para mais uma visita de estudo, desta vez até à Gâmbia e ao Poceirão.

Fomos até à Herdade de Gâmbia, onde nos esperava o Eng.º Francisco Borba, que nos falou de forma sucinta e clara do seu monte, que é ocupado por montado de sobro, inclui também uma área de pinhal manso, produz também carne de bovino, leite de ovelha e uvas que dão origem aos vinhos Herdade de Gâmbia. Aqui podem observar-se uma grande variedade de espécies de aves (pato real, garça vermelha, flamingos, águia sapeira e pernilongos).

O que nos levou principalmente a esta visita foi o Montado de Sobro, a extracção e exploração de cortiça.

O Monte da Herdade de Gâmbia existe desde 1917, é uma empresa familiar, que desenvolve uma atividade agroflorestal e pecuária, sendo, no entanto a fileira florestal aquela que mereceu maior atenção, dadas as características do seu enquadramento do ponto de vista de localização, solo e clima. Tem uma área de cerca de 600 hectares, integrada na sua totalidade na Reserva Natural do Estuário do Sado. Está estabilizada num ordenamento que engloba o montado de sobro, pinhal manso, vinha e dois efetivos pecuários de bovinos e ovinos.

Montado de Sobro:

·         Idade superior a 100 anos (ocupa 317 ha);

·         Condução do solo: silvo-pastorícia com ovinos (70%) e bovinos (30%);

·         Permanência dos bovinos nunca superior 2 semanas / ano em cada folha;

·         Ausência de podas desde 1956;

·         Eliminação anual de árvores caducas e improdutivas;

·         Extracção de cortiça a “pau batido”;

·         Rotações de 10 anos;

·         Controlo do mato com corta-mato;

·         Utilização de grade de discos apenas nos aceiros, e em sementeiras de leguminosas, com intervalos nunca inferiores a 5 anos.

Em final de julho / princípio de agosto procede-se à extracção da cortiça e por motivos de uma eficaz gestão florestal o montado de sobro está seccionado, de modo a existirem cinco extracções em cada ciclo de nove anos.

Este Montado de Sobro é um dos 14 santuários mundiais da Biodiversidade.

A distribuição do Sobreiro em Portugal está distribuída principalmente pela região do sudoeste Alentejano e algum na região do Algarve.

Dos valores ambientais relevantes e para além dos que são comuns às florestas em geral, destaca-se, ainda, o facto de assegurar uma diversidade biológica muito rica, pelas excelentes condições de abrigo, ensombramento, suporte alimentar e habitat para a flora e fauna silvestre, e que é considerada uma das mais ricas da Europa.

Impacto Ambiental:

Fatores internos: fertilizações; tratamentos fitossanitários; produção de dejetos

Fatores externos: pressão demográfica; transito; despejos de lixo; poluição industrial (atmosférica e efluentes)

Flora: as camadas de subcoberto de mato e arbustos são caracterizadas pelo urze, tojo, giesta das vassouras, alfazema murta assim como medronheiro e a esteva.

As áreas de pastagem natural dos montados são muito ricas em diversas espécies de plantas. Registou-se 135 espécies / m². A maioria destas plantas são anuais, ou seja, crescem, vivem, produzem semente e morrem no período de um ano.

Portugal é líder mundial na produção de cortiça, (± 90.000 ton, correspondendo a 47,11%.), quer em qualidade quer em quantidade, o primeiro transformador e o primeiro exportador.

Possui a maior área do mundo de montado de sobro, mais de 730 mil ha (34% do total), e produz anualmente entre 100 e 120 mil ton de cortiça (50% do total mundial).

É o maior exportador mundial de produtos transformados, com 63%, o que equivale a 846 milhões de euros.

As exportações portuguesas de cortiça representam:

2% das exportações de bens portugueses;

1,2% nas exportações totais;

Contribuem de forma significativa para o saldo da balança comercial com cerca de 720 milhões de euros.

Balanço social:

Em Portugal, o sobreiro e os sistemas florestais representam 9.000 postos de trabalho fabris directos;

 Milhares de postos de trabalho indirectos em atividades ligadas ao montado de sobro de uma importância incontornável: colheita de plantas medicinais e de cogumelos, produção de mel, produção de carvão, caça, pecuária, observação de aves e turismo;

Proporciona 20.000 postos de trabalho de maio a agosto na época de extracção da cortiça.

14 milhões de ton de CO2 / ano fixados pelo montado.

Destruição da floresta:

Aumento da temperatura;

Diminuição da precipitação;

Aumento da taxa de erosão do solo;

Aumento de frequência e do volume das cheias;

Diminuição da produtividade do solo;

Extinção de várias espécies;

Indisponibilidade de produtos florestais essenciais;

Desequilíbrio dos ecossistemas.

Desafios do séc. XXI – população – o condutor:

Minerais;

Produção de alimentos;

Conflitos / terrorismo;

Recursos hídricos;

Energia / segurança / abastecimento;

Saúde e desenvolvimento;

Ecossistemas;

Alterações climáticas;

A seguir a esta pequena explicação, fomos visitar o seu Montado de Sobro. Aí explicou-nos como fazem a extracção da cortiça e o que representam os números pintados nas árvores. Esses números representam o ano que foi extraída a cortiça.

Visita de Estudo a Sesimbra

Os alunos da Turma de Questões de Economia e Finanças, realizaram mais uma visita de estudo. O ponto de encontro foi na Unisseixal e às 9:30 h e lá partiram em direção a Sesimbra.

Tiveram um dia em cheio, deslocando-se ao Auditório Conde de Ferreira para a apresentação de uma Palestra com o tema “A Evolução da Pesca e seus impactos económicos no concelho de Sesimbra”. Foi nosso orador o Sr. Vereador José Polido, que nos falou e explicou de uma forma clara e concisa, a história de Sesimbra, a sua ligação ao mar desde os tempos remotos, a arte da pesca utilizada pelos pescadores e a indústria que foi surgindo ao longo dos anos.

O Sr. Vereador José Polido começou por dizer que a vila de Sesimbra abrange três freguesias, que a pesca é, sem dúvida, a matriz da vila e que faz parte da sua história, da sua identidade.

O Porto de Sesimbra abrange:

  • Serviços de Apoio Logístico e Administrativo (APSS / Doca Pesca / Polícia Marítima / Associações de Pesca)
  • Estaleiros navais
  • Oficinas Mecânicas
  • Postos de combustível
  • Stands, loja de venda de motores
  • Fábrica de gelo
  • Comerciantes de peixe
  • Armazém de Comerciantes e Armadores
  • Unidades de transformação – Artesanal Pesca
  • Empresas de Animação Turística – com atividades reconhecidas como turismo de natureza (passeios marítimo-turísticos, pesca turística, táxi fluvial ou marítimo, aluguer de embarcações)
  • Mergulho – a costa junto ao Cabo Espichel é um dos locais preferidos – 7 escolas
  • Marina do Clube Naval – explorada pelo Clube e com muitas atividades marítimo-turísticas ao longo do ano, tais como, vela, mergulho, pesca desportiva de alto mar e mais recentemente canoagem, surf, windsurf e skimboard.

A pesca profissional pode ser:

  • Local – a embarcação não excede os 9 m e não pode ir além das 6 milhas;
  • Costeira – a embarcação tem mais de 9 m e pesca entre as 9 e as 12 milhas

Foram mostrados alguns quadros/tabelas sobre “Embarcações registadas na Delegação Marítima de Sesimbra” outubro de 2014; sobre “Pescadores matriculados em Sesimbra de 1998 a 2009”; com o “Número de Pescadores matriculados” entre 2010 a 2016; sobre o “Ranking do pescado capturado e vendido nas lotas portuguesas nos anos de 2009 a 2016”. Destes quadros pode-se chegar às seguintes conclusões, entre 1998 e 2001 houve uma grande queda nos pescadores matriculados e só a partir de 2003 aumenta; a pesca do cerco entre 1999 e 2000 diminuiu muito, aumentando muito no ano seguinte; pesca do arrasto também diminuiu muito, assim como a pesca do atum.

Foram também mostrados os quadros sobre “Dez espécies com maior captura em 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016 na Lota de Sesimbra”, que se concluiu, a captura de pescado na lota de Matosinhos tem vindo a diminuir, mas as vendas na de Peniche tem vindo a aumentar, devido à venda de peixe mais nobre. Entre 2013 e 2015 Sesimbra captou mais quantidade de pescado, mas foi Peniche quem mais lucrou, embora tenha captado menos quantidade de pescado. Na lota de Sesimbra entre 2012 e 2016, a cavala foi o peixe mais capturado, mas o pescado que mais lucro deu foi o peixe-espada preto.

Analisou o quadro referente às “Licenças do PNA – Pescas” entre 2006 e 2014 e chegou à conclusão que tem vindo a diminuir os números de embarcações, de licenças, de toneira, de tresmalho, de emalhar, de covos e de palangre.

Existem vários tipos de artes de pescas, que são:

Aparelho – constituída por um conjunto de cabos e linhas, ao longo das quais são fixados os anzóis com isco para atrair os peixes. A pesca é feita com o barco em andamento, a fim de largar o aparelho para o fundo, a partir de um ponto até outro, em linha reta ou enviesado.

No início e no fim da arte são colocadas bóias de sinalização à superfície, atadas ao cabo que leva a caçada para o fundo com o apoio de pedregulhos, de modo a que fique no local pretendido.

Redes – de forma rectangular, largada por uma embarcação em movimento, ela fica suspensa verticalmente devido a bóias no cabo superior, e ao cabo com chumbo, na parte inferior. As redes podem ter alturas diferentes e ficam assentes no fundo com âncoras ou pedras em cada uma das extremidades.

Pesca aos chocos e lulas – é feita com radar e toneira, ou piteira, pequenas peças em chumbo, em formato fusiforme, forradas em plástico ou com linha de algodão. Cada uma tem uma coroa de alfinetes numa extremidade para capturar os cefalópodes e, na ponta oposta, um pequeno orifício para prender a linha, ou “pita”, que se eleva até à mão do pescador, à superfície.

Xávega – Na vila de Sesimbra é conhecida por “artes do Caneiro”, por ter sido tradicionalmente usada na zona da baía com esse nome, cujo fundo arenoso lhe é favorável e permite o arrasto sem que as redes fiquem presas no fundo. Possui um saco de rede, cuja boca se prolonga para um e outro lado, ao longo de extensas mangas ou alares de rede, diminuindo a sua altura para as extremidades cujo comprimento é, em média, de cerca de seis vezes o comprimento total do saco.

Pode assumir duas modalidades: de arrastar para terra, o barco que transporta a rede sai de um local específico na praia, onde fica fixo um dos cabos da rede e, num movimento circular, deixa-a ao largo, trazendo então para terra o outro cabo; ou de arrastar para bordo, as redes são aladas para dentro dos barcos que as levavam para o mar.

Covos – é uma armadilha dirigida essencialmente à captura de polvo, trata-se de um tipo de pesca que ocorre fundamentalmente em zonas rochosas, a profundidades não muito altas. Pode ter vários tamanhos e formas, e tem geralmente um orifício para entrada dos polvos, e uma bolsa que serve para colocar o isco. Os covos são colocados na água presos a um cabo com algumas centenas de metros de comprimento, e estão separados entre si por cerca de dez metros, formando uma caçada. Para além do polvo, apanham diversos peixes e crustáceos com grande valor comercial, nomeadamente navalheiras, lagostins, lagostas, santolas e lavagantes.

Cerco – é um tipo de aparelho para pescar cercando o cardume de peixes; basicamente uma rede de emalhar que possui argolas na linha de fundo, por onde passa um cabo que permite fechar a rede por baixo, formando um saco onde o peixe fica retido. Dirigida essencialmente a pequenos pelágicos, como a sardinha, cavala ou carapau, a arte das cercadoras, ou traineiras, consiste numa pesca em que a rede é largada no mar em forma de cerco, suspensa à superfície por boias e mantidas verticalmente pelo cabo com chumbo, onde também se fixam as argolas através das quais passa outro cabo que, manobrado de bordo, fecha a rede por baixo. Lançada a rede, o bote, pequena embarcação auxiliar, fica com uma das pontas a que está ligado o saco, enquanto a traineira manobra em jeito de fazer o cerco, envolvendo o cardume. Depois de concluído o cerco, a rede é içada para bordo com apoio de um guincho.

Na Lagos de Albufeira, existe a apanha de bivalves e miticultura, que é o cultivo industrial do mexilhão, usualmente com recurso a viveiros flutuantes ancorados em águas costeiras. A manutenção da atividade obriga a uma vigilância atenta do estado da barra de maré e a intervenções de reabertura, a fim de minimizar os impactos económicos. Esta atividade modifica os padrões texturais dos sedimentos de fundo, por adição de partículas biogénicas mais grosseiras, carbonatadas.

Sendo Sesimbra uma vila muito ligada ao mar, a pesca tem um impacto económico no seu Concelho muito grande, assim como na restauração, na hotelaria (principalmente nos meses de verão), no artesanato e nos mercados locais de peixe e peixarias.

A Câmara Municipal de Sesimbra desenvolve ao longo do ano várias atividades e algumas com um grande sucesso, tais como:

  • Comemorações do Dia do Pescador – 31 de maio;
  • Semana Gastronómica de Peixe-espada Preto (31 de maio a 4 de junho);
  • Semana Gastronómica da Cavala e do Carapau;
  • Show Cooking e Merchandising;
  • Comemorações do Dia Nacional do Mar – 16 de novembro;
  • Cabaz do Peixe – tem sido um grande sucesso;
  • Sesimbra é Peixe – slogan.

A seguir a esta ilustre apresentação, alguns colegas fizeram algumas perguntas, a que o Sr. Vereador respondeu com toda a sua clareza.

Tirámos uma fotografia de grupo à entrada do Auditório Conde de Ferreira, de seguida dirigimo-nos para o restaurante “Toca do Leão”, onde tivemos como entrada queijo da Azóia, camarão cozido e salada de polvo, comemos o tradicional peixe-espada preto, dourada ou robalo grelhado acompanhado de salada mista, batata, cenoura e legumes cozidos, sobremesa uma variedade de doces e depois um café.

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Da parte da tarde fomos visitar o Museu Marítimo de Sesimbra, que está dividido por temáticas. Fomos acompanhados pelo Sr. Henrique Rodrigues, que nos foi explicando o que podíamos ver em cada sala.

Primeiro dirigimo-nos à sala Desde o Princípio, para vermos um filme a 3D. Este filme mostra a formação do território, a presença de dinossauros, a vila no tempo dos romanos, a famosa batalha de 1602 ou a Capela do Espírito Santo e o Hospital Medieval em pleno funcionamento.

De seguida fomos à sala onde existe o Parque Marinho Luiz Saldanha, um aquário interativo e virtual que convida os visitantes a identificarem as espécies marinhas mais representativas, com um leve toque na tela surge um quadro com informação sobre cada espécie.

A Casa do Governador da Fortaleza recebe uma exposição sobre o rei D. Carlos, centrada sobretudo nos seus vastos estudos sobre o mar e sobre as suas campanhas nos mares de Sesimbra.

Na sala a Viagem, estão expostos os primeiros equipamentos de navegação e engenho dos pescadores para se orientarem em mar alto. Também respondem às perguntas, Como viajavam os pescadores, quais os recursos que tinham à sua disposição e até onde iam?

Na Sala da Comunidade, demonstra a ligação estreita entre a pesca e o mar. Apresenta quatro áreas de atividade que foram muito relevantes para a história: pesca desportiva, apanha de algas, marcenaria e indústria conserveira. Está em exposição a famosa cadeira de pesca ao espadarte, um compressor hidráulico de bordo e regulador usado na apanha de algas, o torno de pedal, e, por fim, uma série de peças ligadas à indústria conserveira, que teve enorme relevo na economia local.

Na sala, Memória e Devoção, estão representadas as devoções marinheiras e marítimas, tais como o Senhor Jesus das Chagas, Nossa Senhora do Cabo e Nossa Senhora da Boa Viagem, ofertas que eram dedicadas a um santo como agradecimento de um milagre, normalmente associado a um salvamento, ou a boas pescarias.

A sala da Arte dá a conhecer as várias artes de pesca, tanto de redes como de anzol, a arte de excelência em Sesimbra. Uma aiola em construção, em tamanho real, assim como textos, fotografias e vídeos de grande relevância documental. As principais artes de pesca praticadas em Sesimbra ao longo dos tempos é feita uma abordagem às artes de redes, onde marcam presença a popular “chincha” ou xávega, a sacada e as armações à valenciana e às artes de anzol, que representam a pesca de excelência de Sesimbra, e onde a técnica do palangre, que se continua a usar atualmente, sobretudo na pesca do peixe-espada preto. A pesca desportiva ao espadarte, atividade que teve enorme relevância nos anos 50 e contribuiu para dar a conhecer Sesimbra ao mundo.

Na Sala da Memória, uma mesa iterativa (touch screen) possibilita a consulta de duas bases de dados documentais com registo dos pescadores sesimbrenses desde finais do século XIX, assim como o registo de embarcações sesimbrenses a partir do início do século XX.

Depois de visitarmos estas salas do museu, tiramos uma fotografia do grupo nas escadas da Fortaleza.

Dirigimo-nos para os carros para irmos até ao Zambujal para visitarmos a MECOMAR – Centro de Depuração de bivalves.

O representante desta empresa explicou-nos de forma clara o que faziam aos bivalves que entravam. O mexilhão, a ameijoa, o berbigão, os percebes, os búzios, os canivetes são comprados, onde são catalogados. Sofrem uma primeira lavagem, depois são depositados em tanques (34 com 250 Kg de capacidade) com água sempre corrente para depositarem toda a areia, durante 24 h, depois são escolhidos por tamanho, sacados, embalados com as características do produto e postos à venda.

As intoxicações alimentares devidas à ingestão de moluscos bivalves são relativamente frequentes e podem ser devidas a contaminação por microrganismos patogénicos (bactérias, vírus) que proliferam nas águas costeiras. As fortes descargas de esgotos urbanos e de explorações agropecuárias que transportam continuamente matéria orgânica e, ainda, a baixa salinidade são os principais fatores responsáveis pela proliferação daqueles microrganismos. Outra causa de toxicidade deve-se à presença nos bivalves de biotoxinas provenientes de microalgas tóxicas que são ingeridas no processo de alimentação por filtração.

Também nos explicou que não há tempo limite de reserva para o marisco; que depois de depurado o marisco pode durar até 8 dias, mas tem que estar vivo; deve-se conservar no frigorífico entre 2 a 5º C, mas nunca dentro de água; o mariscador tem que deixar uma fatura com todas as indicações do produto; a análise ao marisco é feito por um laboratório pago por eles; há produto que não aguenta depuração, e as análises às vezes demoram mais tempo que o resultado final, por isso às vezes o marisco é vendido sem se saber os resultados.

Depois destas explicações fomos ver a empresa que estava em funcionamento, onde podemos ver os bivalves nos tanques, os homens a escolher o marisco, a embalagem e o seu armazenamento.

Texto escrito por Odette Pugliese, reportagem fotográfica de Odette Pugliese e Carlos Guerreiro

A turma de Economia visita Sesimbra

A Economia como Desporto de Combate

No âmbito do programa de atividades da disciplina de Questões de Economia e Finanças, realizou-se uma aula aberta no dia 22 de fevereiro de 2017, com uma palestra proferida pelo Professor Doutor Ricardo Paes Mamede, subordinada ao tema “A Economia como Desporto de Combate”.

O Auditório da Junta de Freguesia de Amora, foi pequeno para receber tão grande afluência de alunos que quiseram assistir à palestra, tal a pertinência e o interesse despertado pelo tema. Houve alunos que tiveram que ficar em pé, pois já não havia cadeiras vagas.

O palestrante, o professor Dr. Ricardo Paes Mamede, que devido a ser uma pessoa conhecida dos alunos, pelos trabalhos já publicados e realizar debates na televisão, consegue despertar o interesse dos alunos. Tem também uma linguagem clara, sucinta e ligeira que capta a atenção/interesse dos alunos.

O Sr. Presidente da Casa do Educador, Dr. Tomás Bento agradeceu a presença do orador em nome da Unisseixal e o professor Dr. Luís Lapa fez uma breve apresentação pessoal.

O prof. Dr. Ricardo Paes Mamede disse que tinha divulgado no Facebook a sua vinda à Junta de Freguesia de Amora e que tinha um blogue chamado “Ladrões de Bicicletas”, e que participava num programa semanal na RTP3, onde debatia com outros economistas temas económicos da atualidade. Falam sobre diversas questões económicas da atualidade, os textos dão uma ideia bastante clara; comentam a atualidade; foi ótimo para os economistas que passaram a ver de outra maneira a economia e o público em geral também; qual o papel do estado e dos economistas; fatores muito mais relevantes para explicar a nossa crise; andamos todos a viver acima das possibilidades; muitos países em vez de diminuírem a dívida do PIB aumentaram; quando não há investimento não há progresso; não há procura interna nem externa; ideias de como as pessoas pensam como a economia funciona e em economia há coisas que são taxativas.

Depois desta breve introdução o professor Dr. Ricardo Paes Mamede falou sobre o seu novo livro, focando seis ideias correntes sobre economia.

  1. A produtividade em Portugal aumentaria se trabalhássemos mais e melhor. (temos um problema de baixa produtividade)
  2. O aumento do salário mínimo e dos direitos laborais reduz a criação de emprego.
  3. Se os salários baixarem as exportações crescerão.
  4. Se conseguirmos exportar mais ficamos mais ricos.
  5. Se o estado poupar a dívida pública desce.
  6. A única forma de fazer descer a dívida pública é o estado ter menos despesas do que receitas. (um colega disse «trabalho com muitos e comer com poucos»)

Estas ideias estão erradas e gostava de as desconstruir, são ideias intuitivas e os economistas vêm como um todo.

A seguir apresentou algumas convicções sobre as quais devemos pensar com cuidado.

  1. A produtividade em Portugal aumentaria se trabalhássemos mais e melhor.
  2. O aumento do salário mínimo e dos direitos laborais reduz a criação de emprego.
  3. Se os salários baixarem as exportações crescerão (salários representam 1/3 das empresas; margem de lucro não é constante; estarmos a aumentar a margem de lucro e não a aumentar as exportações).
  4. Se conseguirmos exportar mais ficamos mais ricos (o nosso problema não é a dívida interna, mas a externa; o valor acrescentado geralmente não fica em Portugal).
  5. Se o estado poupar a dívida pública desce (quando o estado não está a injetar dinheiro, há menos emprego; se o estado poupar está a agravar a sua crise; os privados não investem para não perderem dinheiro).
  6. A única forma de fazer descer a dívida pública é o estado ter menos despesas do que receitas (o estado não precisa de ter saldo positivo; taxa de inflação seja suficientemente elevada; abater a dívida, consegue-se com um défice de 2,1%).

Após esta apresentação, o professor Dr. Ricardo Paes Mamede respondeu a algumas questões colocadas pelos alunos.

A primeira foi do colega Carlos Ferreira, “Saída do euro ou não?” e ainda “Vantagens ou inconvenientes”; do colega António Lara, “Como não previram esta situação de crise, homens e mulheres economistas?”, “Houve dolo nesta situação?”, “Vivemos debaixo da ditadura do défice”, “É possível sair desta crise?”; do colega José Monteiro, “As privatizações foram malfeitas?”.

O professor Dr. Luís Lapa respondeu a algumas perguntas lendo um excerto do livro.

O nosso orador respondeu às perguntas, dizendo que ninguém defende que devemos sair do euro; qualquer decisão unilateral tem custos muito elevados e nós não temos armamento para combater isso; há uma grande coesão nacional e um futuro incerto faz com que a população não aceitará medidas unilaterais; impactos da saída do euro dependeria dos termos dessa saída com os parceiros, aquilo que nos é pedido não é possível; para que Portugal pague a dívida é necessário que tenha nos próximos 20 anos um saldo de 2% e nos 10 anos um saldo de 2,5%; o problema do euro é um problema estrutural e temos que estar preparados; as políticas de austeridades não diminuíram a dívida, mas sim aumentaram, o que provou que foi uma má teoria económica; os mercados são insuficientes; a crise europeia existe e uma política de austeridade cria crises longas e profundas; cortando nas pensões e direitos laborais não leva a lado nenhum; havia instrumentos para parar a crise, mas não se fez nada e terminou com esta frase nunca percas a oportunidade de uma crise.

O Presidente da Casa do Educador, Dr. Tomás Bento, agradeceu mais uma vez a presença do Dr. Ricardo Paes Mamede, pela excelente e elucidativa conferência que nos proporcionou. O nosso professor Dr. Luís Lapa, na sua disciplina de “Questões de Economia e Finanças” está de parabéns por nos ter dado a oportunidade de aumentarmos os nossos conhecimentos com estas palestras tão interessantes, que “obrigou” a que alguns alunos saíssem de casa só para assistir.

De seguida a turma de “Questões de Economia e Finanças” ofereceu um pequeno lanche aos colegas e convidados. A mesa foi pequena para tanta oferta.

Texto escrito e reportagem fotográfica de Odette Pugliese

Economia como desporto de combate

Porque devemos sair do €uro

No âmbito do programa de atividades da disciplina de Questões de Economia e Finanças, realizou-se uma aula aberta no dia 1 de Fevereiro, com uma palestra proferida pelo Professor Doutor João Ferreira do Amaral, subordinada ao tema “PORQUE DEVEMOS SAIR DO EURO”.
O Auditório da Unisseixal foi pequeno para receber tão grande afluência de alunos que quiseram assistir à palestra, tal a pertinência e o interesse despertado pelo tema. Estava completamente esgotado.
O Sr. Reitor Dr. António Pinto da Costa agradeceu a presença do orador em nome da Unisseixal, o professor Dr. Luís Lapa fez uma breve apresentação pessoal, a que o Dr. Ferreira do Amaral iniciou a palestra baseada no seu livro.
A sua palestra teve como base as condições para podermos e devermos sair do Euro; quais as condições que têm que estar reunidas para sairmos com sucesso; aponta os caminhos para um pós-Euro; a saída do Euro é a única solução para termos autonomia e como podemos ultrapassar a crise.
O nosso orador focou também sobre:
 a emissão monetária do Banco Central Europeu;
 a estabilidade do sistema financeiro;
 de como a Alemanha ganhou a maior economia, ficando a criar a moeda única, tendo
mais poder;
 a relação entre a Alemanha e a França – reunificação;
 convergências de interesses (neoliberais);
 a moeda única, instrumento do poder político, que é um projeto da direita;
 o euro não é emitido em Portugal, instrumento do poder político e política monetária;
 Banif, BES e Novo Banco, ficam reféns do Banco Central Europeu;
 Estado fica refém dos outros parceiros;
 crise 2007/2008, adotamos uma moeda forte que valorizou muito e cada vez mais;
 acumulamos uma dívida externa grande;
 tratado orçamental de 2013, não superior a 60% do PIB, reduzir a dívida pública em que
Portugal foi o primeiro país a votar este tratado;
Acabando a sua intervenção com a pergunta:
“Que futuro?”
Há interesses económicos, financeiros e políticos. Desfazer-se da zona euro é um problema
mundial e melhoria das comunicações unitárias. A saída beneficiada na zona euro seria
negociada no Tratado de Lisboa. Portugal não tem sustentabilidade dentro da zona euro.
A conferência terminou com um debate final, com os presentes a colocar questões a expressar os seus pontos de vista. De seguida seguiu-se uma série de perguntas de alguns alunos ou professores, a que o Dr. Ferreira do Amaral respondeu a cada um.
A primeira só podia do nosso colega José Monteiro, “O que vamos Fazer?”, depois seguiu-se o Professor Dr. Jaime Ribeiro, “Sermos obrigados a sair e continuarmos agarrados”; do colega João Gonçalves, “Sairmos à revelia, que consequências?”; do colega António Lara, “Traição dos Partidos Socialistas e Sociais Democráticos que se renderam ao neoliberalismo abandonando as políticas sociais”; da colega Maria José Morais, “Como ficamos com as exportações e importações?”; do colega Carlos Ferreira, “O pagamento da dívida, equivalência do euro com a nova moeda”; do professor Dr. José Bianchi, “Desvalorização cambial é benéfica?”, do colega José Morais, “Incompetência ou razões obscuras?” do colega António Mendes, “Saindo da moeda única, temos que estar sujeitos ao PEC?” e para terminar outra pergunta do colega José Monteiro, “De que vamos viver? A inflação estará melhor?”
O Reitor, Dr. António Pinto da Costa, agradeceu mais uma vez a presença do Dr. João Ferreira do Amaral, pela excelente e elucidativa conferência que nos proporcionou. O nosso professor Dr. Luís Lapa, na sua disciplina de “Questões de Economia e Finanças” está de parabéns por nos ter dado a oportunidade de aumentarmos os nossos conhecimentos com estas palestras tão interessantes, que “obrigou” a que alguns alunos saíssem de casa só para assistir.
De seguida a turma de “Questões de Economia e Finanças” ofereceu um pequeno lanche aos colegas e convidados. A mesa foi pequena para tanta oferta.

Unisseixal Questões de Economia e Finanças Prof: Dr. Luís Lapa

Texto escrito e reportagem fotográfica de Odette Pugliese

Delegada de Turma: Odette Pugliese

Rostos atentos

Rostos pensativos

Porque devemos sair do €uro

Visita de Estudo ao Algarve

Viagem ao AlgarveNo 23 de maio de 2016,  um grupo de 19 alunos da turma de Questões de Economia e Finanças e o professor Dr. Luís Lapa rumou ao Algarve, com uma agenda meticulosamente programada, sobre o tema “Economia do Mar”.

Foram 5 maravilhosos dias de convívio e aprendizagem da história dos sítios, das coisas e do acervo arqueológico e natural.

Texto e imagens de Odette Pugliese          

 Descrição da Viagem ao Algarve - maio 2016

Visita à Escola de Fuzileiros

Visita ao Museu do Fuzileiro - 18 mai 2016No passado dia 18 de maio, os alunos acompanhados do professor Dr. Luís Lapa, no âmbito da disciplina de Questões de Economia e Finanças, efetuaram uma visita de estudo ao Museu do Fuzileiro.

 

Visita ao Museu do Fuzileiro - 18 maio 2016

Odette Pugliese