Casa da Ermelinda de Freitas

Resumo histórico

A família Freitas deu início ao cultivo do vinho em 1920, pela mão de Deonilde Freitas, continuada por Germana Freitas e mais tarde por Ermelinda Freitas, que dedicou especial atenção à produção do vinho. Em, colaboração com sua filha Leonor de Freitas, tomou a liderança da empresa, até ao presente.

Desde a primeira geração que esta casa aposta na qualidade das vinhas e dos vinhos, tendo inicialmente canalizado a sua produção para vinhos a granel.

Em 1997, define uma nova estratégia, dando inicio à produção do seu primeiro vinho, ”Terras do Pó “ engarrafado na casa Ermelinda Freitas.

Dimensão

A herdade tem 445 hectares de vinha, situada em Fernando Pó, na zona privilegiada na região de Palmela. A casta dominante é o Castelão, tendo no total 29 castas plantadas em toda a herdade.

Produção

Actualmente, produz 12 milhões de litros de vinho, o que a coloca num dos melhores produtores de vinhos, a nível nacional. Desde 1999, os seus vinhos já conquistaram, mais de mil medalhas, assim distribuídas:

Ouro-386

Prata-426

Bronze-232

Mercados para onde exporta

Os internacionais representam 40%, estando presentes em trinta e tal países, no mundo global, sendo os mais significativos: Luxemburgo, Inglaterra, Alemanha, EUA, Japão, China, Macau, Brasil e Angola.

Volume de negócios

Em 2016, foi de 17 milhões de euros, o que representou 4,1%de evolução, face ao ano de 2015.

Principais referências da Casa Ermelinda Freitas:

Tintos e brancos:

Dom Campos, Terras do Pó, Dnª Ermelinda, Qta.da Mimosa, e o topo de gama, Leo D”Honor”.

 Prémios 2017

W.A.W.W.J. (World Association of writes and journalists of wines and spirits), considerada a 36 melhor adega das 100 melhores do mundo em 2016, e os vinhos na 15ª posição dos cem melhores do mundo.

A nível nacional, é o sexto maior produtor, entre os 10 primeiros.

Consciência Social

A casa Ermelinda Freitas para além de se posicionar num patamar de excelência no mundo do vinho, acresce a sua intervenção na área social, destinada ao apoio dos idosos, num projecto associado à Caritas Diocesana de Setúbal, e de apoio a crianças carenciadas, pela União Social Sol nascente da Marateca, que merece da nossa parte toda a admiração e respeito.

O projecto, iniciado em 2008, com o título; “A vida de um vinho”, com a criteriosa selecção das melhores uvas, que deram origem a um vinho único e exclusivo, em garrafas magnum de 1,5litros, cuja receita da venda se destina a essas instituições. O preço da garrafa é de 100€, mas com um CD musical do maestro Jorge Salgueiro mais uma serigrafia do pintor Mário Rocha, são 175€.

Até a data, já doou mais de 60 mil euros.

Este exemplo de cidadania, e de apoio a quem mais necessita, releva esta Casa a níveis superiores, num mundo tão interesseiro e egoísta! Por tudo isto, a Casa Ermelinda Freitas dirigida pela grandeza de espírito solidário da Dnª Leonor Freitas e sua família, merece da nossa parte o maior respeito e admiração.

Por último, gostaria de fazer uma referência muito especial à Casa de Memórias e Afectos, com um museu instalado na antiga adega, dedicado às quatro gerações que deram origem à Casa Ermelinda Freitas. Saber preservar as memórias e dar continuidade a um empreendimento desta dimensão, são actos de amor e de respeito, que continuarão a fazer parte da vossa história.

Num mundo tradicionalmente governado por homens, onde as mulheres assumiam um papel secundário, o exemplo desta geração de heroínas, escreveram uma história ímpar, que dificilmente será igualada. Mas estou certo de que a actual e a futura geração saberão dar continuidade, como estão a demonstrar.

Resta-me aplaudir a grandeza, a tenacidade, o espírito empreendedor e a dimensão humana desta família, bem como o sucesso que vem alcançando quer em Portugal, quer por esse mundo fora.

O nosso muito obrigado por nos receber nesta vossa magnífica e acolhedora casa.

Aluno da Unisseixal de Economia e Finanças

Luciano Dias

Fevereiro de 2018

A rota da vinha e dos vinhos afamados

Visita da turma Questões de Economia e Finanças

O SABUGUEIRO

SAMBUSCUS -  O termo sambuscus, deriva do termo Sambusca, nome de um antigo instrumento musical, muito utilizado pelos Romanos e fabricados com a madeira desta árvore. E porquê? Porque o tronco e ramos do sabugueiro são ocos no seu interior e dai servir para esses instrumentos musicais.

CORIMBOS - É uma Inflorescência aberta em que os pêndulos florais, nascem a diversos níveis da haste, mas se elevam todos á mesma altura.

Registo de escrito de Hipócritas/Hipócrates - Hipócrates, considerado o pai da medicina (Grego 460 a. C.). Existem registo de que o sabugueiro era conhecido pelos povos pré-históricos e muito popular entre os gregos e romanos, sendo por isso considerado uma árvore guardiã da saúde, sendo o primeiro registo ter aparecido nos seus escritos.

 VALE DO VAROSA--- A região do vale do Varosa esta parcialmente integrada na região do Douro Património Mundial da Humanidade, integra no seu território marcas como a presença dos Monges de Cister, com o Mosteiro de São João de Tarouca e Salzedas, mas também a presença Romana, como o Convento de Ferreirim,

Geograficamente esta região confina os concelhos de Tarouca, Lamego e Armamar. O rio Varosa nasce na serra da Várzea concelho de Tarouca e desagua no rio Douro na freguesia de Cambres, em frente a cidade da Régua.

Uma particularidade deste rio é que corre de sul para norte e no seu percurso tem vários pontos de interesse, entre quais varias pontes românicas como a de Ucanha, com Torre fortificada, ponte de Mondim da beira e de São João de Tarouca. Zona Távora /Varosa, abrange os Concelhos já de Tabuaço e Moimenta da Beira. O rio Távora nasce próximo de Trancoso e desagua no Douro no Concelho de Tabuaço.

CHÁS - São ricos em potássio, carbocidratos, gorduras, fibras proteínas, sódio, vitaminam A e B6, cálcio, magnésio e ferro.

-- Laxantes, cicatrizantes, artrites, sistema imunológico e anti- envelhecimento.

COMO FAZER - 1 colher de chã de flores secas de sabugueiro e 1 xícara de agua.

Misturar as flores secas numa porção de água quente, deixar repousar, coar e servir.

Advertência -  Como todos os chás deve-se ter cuidado na sua ingestão em quantidade, segundo estudos o excesso de ingestão de chá de flor de sabugueiro, pode causar complicações gastrointestinais, náuseas, diarreias, etc.

A COLHEITA DA BAGA - Como disse pode ser comercializada em fresco e seca. (descrição no livro em anexo)

Peso na economia regional - Tendo em conta que a baga é muito rentável para os agricultores, estes com o objetivo de aumentarem a produção e a qualidade, plantam cada vez mais sabugueiros, ocupando um espaço que estavam destinados a outras culturas,

Esta árvore é de fácil desenvolvimento o que se apresenta como uma mais valia, sendo quase proibido cortar um sabugueiro.

A comercialização é feita através de uma cooperativa e por negociantes intermediários que depois vendem a empresas exportadoras.

História do Sabugueiro

  1. Breve historial sobre o sabugueiro
  2. Regiões do País onde se cultiva
  3. A sua flor e o seu fruto ( A BAGA)
  4. Indicações terapêuticas e medicinais da sua flor.
  5. Apanha e tratamento da baga de sabugueiro.
  6. Fins a que se destina.
  7. Peso na economia regional resultante da sua comercialização.

Breve historial sobre o sabugueiro

O Sabugueiro é uma espécie arbustiva ( arbusto com 7 a 11 metros de altura
Pertence ao género Sambuscus ,com ramificação profunda, tem as raízes
Superficiais mas extensas, as folhas são opostas e com cerca de 12 cm de
Comprimento. Em Maio /Junho surgem os ramos com corimbos espécie de
inflorescência aberta que vão dar flor.

O Sabugueiro é originário da Ásia e Europa, havendo registos nos escritos de hipócritas e já lá vão 2500 anos de mencionar o uso do sabugueiro como planta medicinal.

Também os Romanos tinham um carinho especial por este arbusto,
Pois fazia parte das plantas de jardim e acreditavam que dentro deste arbusto
Vivia uma fada boa que protegia os seus lares.

Regiões de Portugal onde se cultiva o sabugueiro

O Sabugueiro em Portugal, nasce espontâneo em praticamente todo  o Pais, mas, é simplesmente na região norte  no distrito de Viseu, na chamada região do Vale Do Varosa que engloba os concelhos de Tarouca, Armamar, Lamego, Tabuaço e Moimenta da Beira, que têm a sua maior implementação.

A sua flor

O seu fruto ( A BAGA)

Indicações terapêuticas, medicinais da Flor de sabugueiro

O Sabugueiro em flor, para alem da beleza natural que é digna de se observar,

A sua flor é conhecida por uma espécie medicinal que tem inúmeros benefícios para a saúde, que pode ser utilizada para fazer chás curativos de forma simples e rápida,onde tem propriedades consideradas calmantes e diuréticas, alem de outras.

Apanha e tratamento da baga de sabugueiro

A  Apanha :

Manual - O mais utilizado devido as condições dos terrenos e localização das árvores.

Mecânico -  Utilizado em locais já previamente  adaptados para a entrada de máquinas.

O Tratamento:

Colhida  e comercializada  fresca, tem um processo de refrigeração para conservação.

Colhida  para ser comercializada em seco, tem um processo de secagem de vários dias ao sol.

Fins a que se destina

Na região do Varosa, existe o Mosteiro de Salzedas, pertencente aos Monges de Cister segundo relatos, estes usavam já a baga de sabugueiro, para fins vinícolas, alem de fazerem licores, compotas e para fins medicinais.

Actualmente a baga de sabugueiro, é  praticamente na sua totalidade  para exportação , nomeadamente para Alemanha, Holanda e Dinamarca, com destino à industria farmacêutica , cosmética e agro-alimentar.

Peso na economia regional resultante da sua comercialização

Segundo os estudos publicados, são cerca de 800 produtores, numa área que ronda os 700 hectares  de terreno de cultivo do sabugueiro.

Estes produzem  cerca de 3.500 toneladas  de baga fresca, ( seca entre  300/400 toneladas) que ronda  um valor de negocio de cerca de 2 milhões de euros.

Como curiosidade, o Kg de baga fresca ronda os 0,375€ e a baga seca 2,10€.

Trabalho realizado por : Nelson Dias, no âmbito da disciplina de « Questões de Economia e Finanças»  do Prof. Luís  Lapa.