História da Vinha e do Vinho, no Mundo

  • Resumo histórico
  • História do vinho em Portugal
  • Principais castas portuguesas, e Internacionais
  • Produção entre 2012/ 2013 e 2017/ 2018 por região
  • A importância do vinho na economia portuguesa
  • Principais mercados de exportação em volume e valor
  • Casa Ermelinda Freitas

“FRASES CÉLEBRES SOBRE O VINHO”

O vinho consola os tristes, rejuvenesce os velhos, inspira os jovens, e alivia os deprimidos do peso das suas preocupações”

(Lord Byron)

O vinho dá coragem ao amor, se não se bebe em excesso. (Ovídio)

O vinho é a prova constante de que Deus nos ama e nos deseja ver felizes. ”B.Frankelin”

RESUMO HISTÓRICO

A história do vinho remonta ao período neolítico, quando o homem deixa de ser um recoletor nómada, e inicia a sedentarização com surgimento da revolução agrícola. Até aí, o homem alimentava-se de figos e caçava ovelhas selvagens sem qualquer preocupação onde iria decidir plantaras figueiras, e em que prado um rebanho de ovelhas iria pastar. O homem expandiu-se da África Oriental para o Médio Oriente, para a Europa e a Ásia, e, por fim para a Austrália e América. No entanto, para qualquer destes locais onde se deslocasse, continuava a viver das plantas e da caça de animais selvagens.

A verdadeira transição para a agricultura inicia-se entre 9500 e 8500 anos a.C. nos montes do Sudeste da Turquia, do Irão e do Levante. Começa por domesticar as cabras e o trigo por volta de 9000 a.C., o milho e ervilhas em 8000 ac. As oliveiras em 5000 a.C. e as videiras em 3500 a.C.

Grande parte das plantas que os nossos antepassados domesticaram entre 9500 e 3500 ac. Fazem parte da nossa alimentação actual.

O vinho tem uma grande importância histórica e religiosa, que remonta a diversos períodos da humanidade, tornando-se um produto com enorme importância na evolução económica e sociocultural de variadíssimas civilizações do ocidente e oriente.

Os cristãos, tomando por base o Antigo Testamento, acreditam que foi Noé (Génese, capitulo o versículo 20) que plantou as primeiras videiras no Monte Ararat, para depois se poder beber o vinho. A referência ao Monte Ararat, coincide com a vitivinicultura da pré-história ao sul do Cáucaso.

Hititas, babilónicos e sumérios, adaptaram as histórias de acordo com a sua tradição e crenças, numa outra perspetiva.

Do ponto de vista histórico, é impossível precisar a sua origem, pois o vinho nasceu muito antes da escrita. Segundo Patrick Mc. Govern, investigador da Universidade da Pensilvânia, conseguiu por análise química e molecular, comparar a utilização de artefactos para o vinho no início da agricultura em 6000 A.C., nos solos vulcânicos da Turquia, na cordilheira de Tauros nas regiões montanhosas da Arménia.

Mas o cultivo das videiras para a produção de vinho só foi possível quando os nómadas, ditos recolectores, se tornaram sedentários. Existem vestígios que indicam que foi provavelmente na Geórgia que se produziu o vinho pela primeira vez, pelo facto de terem sido aí encontradas grainhas datadas entre 8000 a.C. e 5000 a.C. 

De acordo com Rafael Rubio, biólogo, especialista em vida silvestre pela Universidade de Sevilha, admite-se a existência nas populações entre o Mar Negro e Hinducush, de uma elevada percentagem de plantas hermafroditas denominadas de vitis silvestres desta região. Depois de selecionadas pelo homem, as melhores castas sofreram um processo de migração, precisamente com as rotas comerciais da época, marítimas ou terrestres.

A presença da videira no dia-a-dia do homem está comprovada pelas mitologias pré-cristãs: pelo lado dos egípcios temos Osíris, pelos gregos Dionísio, e pelos romanos Baco.

Tudo isto está documentado em pratos, vasos ornamentais e frescos da época coeva. Existem várias referências históricas à viticultura pré-histórica, e outras virão à medida que a investigação científica nos vai fornecendo novas provas.

Gilmamesch foi, provavelmente o imperador do povo sumério na Mesopotâmia mais importante. Uruk era o centro urbano onde está referenciada a viticultura pré-histórica. Pensa-se que foi nestas cidades-estado que se desenvolveu a escrita, executada sobre placas de argila. Gilmamesch, ao conseguir a independência do povo de Uruk, abriu depois as rotas do comércio, dando um grande passo par o desenvolvimento comercial. É mencionado que nesse tempo já havia cerveja, sendo considerada bebida vulgar, enquanto o vinho era sagrado.

No código de Hamurabi estava registada a jurisprudência babilónica, sendo aí considerado o vinho bebida de classe superior (Anli, R.E.e Fidan, 2001), que referem a Anatólia Central, a partir de 7000 aC. a iniciação de culturas sedentárias onde se inicia a viticultura.

De acordo com dados históricos, os Egípcios foram os primeiros a iniciar o processo da vinificação e o uso da bebida em celebrações, conforme o registo em pinturas e documentos datados de 1000 a 3000 a.C. Os faraós ofereciam vinhos e queimavam vinhedos aos deuses; os sacerdotes usavam-no em rituais; os nobres, em festas de vários tipos; as outras classes não tinham hipóteses em virtude de se verem financeiramente sem recursos. O consumo do vinho aumenta à medida que o tempo passa, e, juntamente com o azeite de oliveira, dá-se um grande impulso para o comércio egípcio, quer a nível interno quer a nível externo.

A partir de 2500 a.C., os vinhos eram exportados par a Europa Mediterrânea, África central e reinos asiáticos. Os grandes responsáveis por esse desenvolvimento foram os fenícios, povo oriundo da Ásia Antiga, e comerciantes marítimos de grande talento. Em 2000ª.C., chegaram à Grécia.

 Os gregos iniciam o seu cultivo ao longo da costa mediterrânica, o que representaria cultural e economicamente uma importância vital para o seu desenvolvimento.

Historicamente, sabe-se da importância que a mitologia representava para os gregos, e Dionísio, filho de Zeus e membro do 10 escalão do Olimpo, era o deus das artes, do teatro e do vinho. A bebida tornou-se num culto, sendo amplamente cultivada e apreciada por todas as classes.

A partir de 1000ª.C., os gregos desencadeiam enormes ações de plantio de videiras em várias regiões europeias. A bebida despertou com entusiasmo a Itália, Sicília, estendendo-se à Península ibérica. Os gregos fundaram Marselha e comercializavam o vinho com os nativos, dando lugar ao primeiro contacto entre a bebida e a futura França.

Para o gosto contemporâneo, o vinho daquela época era bastante incomum. Homero descreveu- como delicado e suave, mas apesar das tradições festivas que a bebida representava na época, o vinho da Antiguidade “ era ingerido com água do mar e reduzido a um xarope tão espesso e turvo que tinha que ser coado num pano e dissolvido em água quente”, afirma o historiador e enólogo inglês Hugh Johnson, autor do livro História do Vinho (CMS Editora).

 Fundada em 753 a.C., Roma era uma vila de pastores e agricultores. A sua expansão começa a partir do século VI a.C., e já em 146a. C, a Península Itálica, o Mediterrâneo e a Grécia tinham sido anexos ao seu território.   

As vinhas eram cultivadas nas áreas interiores e nos territórios então conquistados. Os romanos impunham os seus costumes e a sua própria cultura em todas as áreas que iam conquistando. Dessa maneira, o vinho produzido servia de bebida para os legionários, gladiadores e outros soldados menores.

Os vinhedos, por ação dos romanos na conquista que ia da Grã-Bretanha à Germânia, e finalmente chegam à Gália, que viria a chamar-se mais tarde a França.

Roma, sob o comando do grande Imperador Júlio César, enfrentam e derrotam os gauleses, e encaminham-se para o vale do Rhône, e chegam até Bordéus. A proliferação das videiras expande-se imediatamente pelas províncias gaulesas, tornando-se um dos factos mais importantes na história do vinho. Nos séculos imediatos, a cidade de Borgonha surge como grande exportadora de vinhos, sendo amplamente considerados superiores.

Enquanto os gregos guardavam o vinho em ânforas, os romanos já utilizavam processos mais modernos, pois guardavam o vinho em barris de madeira, o que lhe dava um sabor mais aprimorado. Os romanos tinham atingido o seu ponto máximo nos séculos I e II dc.

Aquando das invasões bárbaras, o Império começa a fracionar-se, acabando por ser dividido em duas partes; Ocidental-sede em Roma- e a Oriental com sede em Constantinopla. Acontece que a situação económica se agravou, as colheitas sofrem grande revés, e começam a importar vinhos de outros lados, o que tornava mais caro, logo menos lucrativo.

As derrotas sucessivas dos romanos e a perda constante de territórios, faz com que o Império Romano ocidental entre em colapso, acelerando a sua queda, que viria a acontecer em 476. Todavia, o vinho já tinha assumido a sua própria identidade, tornando-se uma bebida de universal.

IDADE MÉDIA

Quando se dá a queda de Roma, surge uma enorme crise em toda a Europa. As Províncias foram completamente reduzidas a pequenos reinos, de futuro periclitante, e com relações entre si muito tensas, o que dá inicio a uma grande crise económica. A produção do vinho sofre um retrocesso neste continente.

O envelhecimento do vinho que era feito em barris de madeira de boa qualidade, deixa de ser utilizados, o que implica o aumento de oxidação da bebida. Como ponto negativo, o seu consumo tinha que ser mais rápido, o que o fazia perder toda aquela áurea de finura dos vinhos antigos. A viticultura só voltaria aos momentos gloriosos, quando surge um grande poder religioso: a Igreja Católica.

Quando o Imperador Constantino se converte ao cristianismo, no século IV (328) por influência de sua mãe, Flávia Júlia Helena, também conhecida como Helena de Constantinopla, a igreja sai fortalecida como instituição, que já era considerada a detentora da verdade e da sabedoria. O vinho e o seu simbolismo na liturgia católica assumem um enorme protagonismo; era o sangue de Cristo. A igreja estabelecesse então como grande proprietária de extensos vinhedos através das principais ordens religiosas da Europa. Os mosteiros eram considerados espaços de tranquilidade e paz, onde se produzia o vinho, não só para o sacramento eucarístico como para a sua própria vivência e sustento. Alguns desses mosteiros eram franceses, localizados nas regiões da Borgonha e Champagne, nasceram vinhos de enorme qualidade, até aos dias de hoje. Já naquela época, o vinho entra um pouco na medicina, por se considerar que o seu aroma possuía algumas características e propriedades que podiam curara algumas doenças.

Quando cerca do século XIII, as cruzadas católicas ao serviço do Papado, limpam o mar Mediterrâneo do poder árabe, abrem-se todas as possibilidades para se dar início à comercialização do vinho pelas vias marítimas. 

IDADE MODERNA

Quando se dá o início das grandes viagens de navegação, grande parte do continente americano, recebeu grandes quantidades de videiras, levadas pelos colonizadores espanhóis, depois de uma experiência nas Antilhas, através de Cristóvão Colombo, no século XV. Quando se confirma a adaptação da videira aos solos tropicais, são exportadas para o México, Estados Unidos, e colónias espanholas na América do Sul.

Foi nesse período, também, que Portugal desencadeia a campanha das descobertas, e em 1500 Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil, transportando nas caravelas milhares de litros de vinho para consumo dos marinheiros. Alguns anos mais tarde, seriam introduzidas as primeiras espécies de videiras, dando lugar ao início da vitivinicultura, que predomina até aos dias de hoje.

NA ATUALIDADE

Quando se dá a Revolução Industrial, no século XVIII, o vinho sofre uma perda de qualidade, por introdução de novas técnicas, mais viradas para a produção em massa e custo mais baixo. Pese embora o facto de regiões francesas e italianas tentassem preservar as técnicas anteriores, a verdade é que a produção vinícola acabou por sofrer modificações irreparáveis para se adaptar ao sistema industrializado. 

Durante o século XX, a vitivinicultura tem uma enorme evolução, com o acompanhamento dos avanços tecnológicos e da genética. Com o cruzamento genético de algumas cepas das uvas; com a formação de leveduras transgénicas, bem como as novas tecnologias aplicadas a produção do vinho, a qualidade e sabor do vinho, é feito à medida para satisfazer aos mais diversos paladares de técnicos e consumidores.

 A GRANDE PRAGA DE FILOXERA

Quando em meados o século XIX ocorre a grande praga de filoxera em toda a Europa, acabaria por destruir grande parte das vinhas, com grande relevância para a França, o que acabaria por conduzir à ruína a indústria vinícola francesa.

Pensa-se que esta espécie terá tido origem na América do Norte, e terá sido transportada através do Atlântico, para a Europa no final da década de 1850. 

Esta praga, alem de ter provocado maiores estragos em França, acabaria por causar prejuízos nos vinhedos dos países europeus, como aconteceu em Portugal.

Existe um argumento que indica que introduções destas pragas só começaram a ser um problema depois da invenção dos barcos a vapor, que navegavam com maior rapidez através do oceano, o que permitia a sobrevivência dos organismos introduzidos.

Após a descoberta de Jules-Emile Planchon de que a filoxera era a causa da murchidão das vinhas, e da confirmação por Charles Valentine Riley da teoria de Planchon, houve dois viticultores, Leo Laliman e Gaston Bazille, que propuseram que as vinhas europeias passassem a ser enxertadas por cepas americanas, resistentes à filoxera. Houve as naturais resistências, mas o método mostrou-se eficaz. A reconstituição foi um processo lento, mas acabaria por retomar uma relativa normalidade na produção.

 Calcula-se que o prejuízo em França tenha rondado o valor de 10 mil milhões de francos.

Espécie de videira contaminada pela filoxera

             INTRODUÇÃO NA EUROPA

Durante alguns séculos, foram experimentadas algumas cepas americanas, importadas sem qualquer regulação, e sem se considerar que pudessem transportar a dita filoxera. As consequências são as que se conhecem.

 VINHEDOS ALENTEJANOS

PORTUGAL, A VINHA E O VINHO

A primeira referência à produção da vitivinicultura em Portugal é do século X, que consta no livro de datas do Convento de Fiães. Mas, a história do vinho em Portugal vai para além da fundação da nacionalidade. Considera-se que os Tartessos por volta de 2000 A.C, plantaram a primeira vinha no Vale do Tejo e no Vale do Sado. Mais tarde, os Fenícios introduziram novas castas, tomando conta a partir daí, todo o comércio do vinho. Quando no século VIII a.C., os Gregos se instalam na Península Ibérica, deram um forte contributo para o desenvolvimento da cultura da vinha, tendo alcançado enormes progressos na técnica do cultivo da vinha e na produção do vinho. No Século II a.C., os Romanos transformam o vinho num símbolo cultural, de poder e riqueza no Império Romano.

Após a fundação de Portugal, o vinho manteve e desenvolveu ainda mais a sua importância, enquanto cultura de um povo, tornando-se o produto mais exportado por Portugal, e, ao mesmo tempo um elemento base da sua alimentação. Quando se inicia a época dos descobrimentos, o vinho é transportado nas caravelas, bem como uma panóplia de castas que introduziu em várias partes do mundo, por via do Império Português.

Mas, o momento crucial para o incremento no comércio e em seguida na produção do vinho, foi a celebração do tratado de Methuen com a Inglaterra, em 1703. Com entrada deste tratado em condições especiais, não só facilitou a entrada na Inglaterra do vinho português, onde o vinho do Porto já era uma realidade, mas também de outros produtos oriundos das colónias portuguesas, nomeadamente o ouro e especiarias. Com o aprofundamento comercial estabelecido entre as duas Nações, foi criada a primeira região demarcada do mundo, em 1756, pelo Marquês de Pombal, no Alto Douro. As nossas vitiviniculturas mantêm-se até aos dias de hoje, apresentando um alto nível de qualidade a nível mundial.

 CASTAS PORTUGUESAS 

Touriga Nacional

As castas com maior impacto a nível nacional e internacional:

Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz ou Aragonês, Castelão, Baga, Trincadeira Preta, Alvarinho, Fernão Pires, Antão Vaz, Moscatel, Arinto, Verdelho, Encruzado e Malvasia Fina, no continente. Na Madeira e açores: Sercial, verdelho, malvasia, boal, tarrantez e tinta negra.

INTERNACIONAIS

Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Moscatel Galego, Pinot Noir, Sauvignon Blanc, Syrah, Petit Verdot, Grenache, Sangiovese, Nebbiolo, Tempranillo, Zinfandel, Merlot, Muscat, Semillon, Malbect, pinot Cris, Riesling e gewürstraminer.

PRODUÇÃO ENTRE 2012/13 E 2016/7 – CONFORME MAPA DESCRITIVO POR REGIÕES

 A IMPORTÂNCIA DO VINHO NA ECONOMIA 

(Caracterização do setor do vinho em Portugal)

Três quartos das empresas do vinho são microempresas; as PME garantem 70% do volume de negócios do setor.

Grande relevância do setor exportador; com saldo positivo das transações com o exterior e contributo relevante para o aumento do volume de negócios.

As exportações do vinho português cresceram 5,7% em volume e 8,5% em valor, entre Janeiro e Setembro de 2017, comparativamente como mesmo período de 2016, dados do Instituto do vinho e da vinha.

Portugal vendeu durante esse período 2.136.582 hectolitros de vinhos, no valor de 536,8 milhões de euros.

Em 2017, as exportações do vinho cresceram 7,5%, atingindo praticamente 778 milhões de euros. Esta subida teve grande contributo dos mercados de Angola com +43% e o Brasil com +53%. 

Estes valores finais apontam para um crescimento de 7,5% em volume, e 10% em valor.

O maior crescimento verificou-se nos vinhos com (IGP) - Indicação Geográfica Protegida e (DOP) Denominação de Origem Protegida, que representaram cerca de 40%do vinho nacional exportado. (Vini Portugal).

A França, Estados Unidos e o Reino Unido continuam a ser os três principais destinos dos vinhos portugueses, tendo sido a grande surpresa o mercado angolano, que mais do que duplicou o número de hectolitros vendidos face ao mesmo período do ano anterior.

Outros mercados para onde exportamos: Brasil, Canadá, China, Alemanha, Japão, Macau, Noruega, Suécia, Rússia e Coreia do Sul.

Nas contas da Vini-Portugal, estamos a produzir 6,2 milhões de hectolitros, mas consumimos 4,2 milhões, e exportamos 2,7 milhões o que soma 6,9 milhões o que significa que temos uma colocação superior no mercado acima da nossa produção.

Já não temos quantidade para o aumento da procura, afirmação do Presidente da Viniportugal.

Portugal é hoje reconhecido pela qualidade dos seus vinhos. Os vinhos portugueses têm uma boa relação qualidade/preço, o que têm vindo a conquistar mercados como EUA e Canadá.

De acordo com o estudo da D&B, os vinhos DOP valem 70% das exportações, sendo o vinho do Porto responsável por 43% desse valor.

Em 2016, o volume de negócios atingiu o valor de 1. 282 Milhões de euros, assim distribuídos:

43% Na indústria de bebidas,

10% Na indústria alimentar e bebidas,

6% Na indústria agro-alimentar.

Os vinhos portugueses têm uma imagem na imprensa internacional especializada muito positiva, com destaque para os vinhos do Douro, vinhos verdes, pela sua singularidade, com vinhos menos alcoólicos e ajustados aos perfis modernos. A identidade do património natural, (castas únicas), apresentam um futuro risonho.

EMPREGABILIDADE NO SETOR DOS VINHOS

Segundo as estatísticas, este setor emprega entre 8500 9000 pessoas, sendo que no tempo das vindimas acresce mais alguns milhares em serviço temporário, mas que geralmente não ultrapassa no total uns 11000. Acresce que das mais de 700 empresas produtoras, só 25 têm mais de 50 trabalhadores; mais de 150 uma, e as restantes microempresas somente 7. A tendência é para reduzir, em virtude da moderna tecnologia aplicada à indústria do vinho.

CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Em geral, os produtores de vinho não dispõem de canais de distribuição para o escoamento dos seus produtos, por implicar a construção de uma rede de vendas, cuja estrutura específica é de grande investimento, e não faz parte da vocação do produtor. Assim, as empresas estruturadas e especializadas para a sua comercialização, são:

Os armazenistas, agentes gerais, hipermercados, supermercados, mercearias e garrafeiras, boutiques de vinho através da Net, e pequenos produtores que não tendo economia de escala os colocam directamente em restaurantes, garrafeiras e outros estabelecimentos com tiragens pequenas.

TERMOS TÉCNICOS

Vinicultura, do latim (Vi nus) fabricação do vinho. Conjunto de processos empregados para tratar o vinho e desenvolver as suas qualidades.

Vitivinicultura, Cultivo das vinhas e fabricação do vinho.

Vinificação, Conjunto de processos empregados para transformar o sumo da uva em vinho.

Viticultura, cultura das vinhas.

DESIGNAÇÃO DAS CATEGORIAS DOS VINHO

Denominação de origem – características de uma região determinada.

DOC – Denominação de origem controlada, designação atribuída a vinhos de qualidade, produzidos em região geograficamente limitada, que cumprem um conjunto de regras que definem as características dos solos, castas autorizadas, práticas de vinificação, teor alcoólico e tempo de estágio.

IPR – Indicação de proveniência regulamentada; terá que cumprir um período mínimo para passar à designação de DOP.

IPG – Indicação de proveniência geográfica.

VINHEDOS DO DOURO PORTUGAL

Referências:

Enciclopédia da vinha e do vinho; Larrusse les vins, tous les vins du Monde; Enciclopédia dos vinhos de Portugal; O grande livro do vinho; Instituto do vinho e da vinha; ViniPortugal; INE – Instituto Nacional de Estatísticas; Wine with style circle; Wikipédia.

Patrik mc. Govern, Enólogo e historiador

28/03/2018

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