Pelas sete horas reunidos junto à Casa do Equador com o seu Professor Alberto Jacob os alunos da turma de Economia aguardavam já com alguma impaciência a chegada do autocarro que os iria levar nesta visita de estudo ao Tramagal e Abrantes, o qual foi mais tarde localizado frente à Junta de Freguesia já que a empresa prestadora do serviço não foi a habitual, não deixando aos participantes boas recordações, dadas as condições do veículo que nos foi proporcionado.
No Trajeto o professor Jacob deu-nos algumas pistas relacionadas com o objeto das duas visitas a efetuar, Museu da Metalúrgica Duarte Ferreira no Tramagal em Abrantes o Castelo e o Panteão dos Almeidas , no interior do recinto, dividindo os participantes em dois grupos que alternadamente repartiram as visitas, antes e após um almoço em que os colegas Lina Almeida, Isabel e João Ventura, fizeram ouvir as suas vozes.
MUSEU METALÚRGICA DUARTE FERREIRA
No Tramagal esperava-nos a D. Lígia Marques, museóloga na câmara municipal de Abrantes, que nos acompanhou na visita ao Museu, inaugurado em 1 de maio de 2017, na dependência da autarquia , que reúne o espólio da industria metalúrgica que lhe dá nome , criada por Eduardo Duarte Ferreira, falecido em 1948, empreendimento a que os seus três filhos deram continuidade, visando o museu preservar a sua memoria e património. A nossa guia elucidou-nos sobre o percurso do seu fundador e da sua paixão pela arte de trabalhar o ferro, das fases atravessadas pela empresa desde o fabrico de ferramentas e máquinas agrícolas, passando pelo de louça esmaltada, gasogénios para automóveis e nos seus últimos anos pelo fabrico de camiões de que se destacaram as Berliet usadas na guerra que opôs o país aos movimentos de libertação das suas colónias em Africa, até à sua ocupação pelos trabalhadores e intervenção por parte do estado português no pós 25 de Abril O fim da guerra colonial e da consequente aquisição dos camiões Berliet pelo estado acabaria por conduzir a MDF a uma situação muito difícil e o espectro da falência e do desemprego tornou-se uma realidade que apesar da procura de soluções que evitassem o seu encerramento levou à sua extinção em 1995
Tivemos também oportunidade de a ouvir falar do logotipo da instituição, uma borboleta, fazer referencias aos relógios de marcação de ponto usados, aos mecanismos utilizados para assinalar as deslocações dos funcionários e a requisição das ferramentas por eles utilizadas, das formas de proteção social que lhes era facultada, da equipa futebol, da filarmónica, e da comemoração do dia primeiro de maio, um dia de festa na empresa assinalado com um almoço convívio servido pelas familiares dos proprietários.