Informação
Na próxima quarta feira os alunos da turma de QEF vão visitar o Museu Naval, em Almada. Na parte da manhã vão visitar a Fragata D. Fernando e Glória.
Na parte da tarde vão visitar o submarino que está atracado ali perto.
Professores Luis Lapa e Alberto Jacob
Na próxima quarta feira os alunos da turma de QEF vão visitar o Museu Naval, em Almada. Na parte da manhã vão visitar a Fragata D. Fernando e Glória.
Na parte da tarde vão visitar o submarino que está atracado ali perto.
No dia 15 de novembro de 2017, os alunos da turma de Questões de Economia e Finanças, partiram da Unisseixal, para mais uma visita de estudo, desta vez até à Gâmbia e ao Poceirão.
Fomos até à Herdade de Gâmbia, onde nos esperava o Eng.º Francisco Borba, que nos falou de forma sucinta e clara do seu monte, que é ocupado por montado de sobro, inclui também uma área de pinhal manso, produz também carne de bovino, leite de ovelha e uvas que dão origem aos vinhos Herdade de Gâmbia. Aqui podem observar-se uma grande variedade de espécies de aves (pato real, garça vermelha, flamingos, águia sapeira e pernilongos).
O que nos levou principalmente a esta visita foi o Montado de Sobro, a extracção e exploração de cortiça.
O Monte da Herdade de Gâmbia existe desde 1917, é uma empresa familiar, que desenvolve uma atividade agroflorestal e pecuária, sendo, no entanto a fileira florestal aquela que mereceu maior atenção, dadas as características do seu enquadramento do ponto de vista de localização, solo e clima. Tem uma área de cerca de 600 hectares, integrada na sua totalidade na Reserva Natural do Estuário do Sado. Está estabilizada num ordenamento que engloba o montado de sobro, pinhal manso, vinha e dois efetivos pecuários de bovinos e ovinos.
Montado de Sobro:
· Idade superior a 100 anos (ocupa 317 ha);
· Condução do solo: silvo-pastorícia com ovinos (70%) e bovinos (30%);
· Permanência dos bovinos nunca superior 2 semanas / ano em cada folha;
· Ausência de podas desde 1956;
· Eliminação anual de árvores caducas e improdutivas;
· Extracção de cortiça a “pau batido”;
· Rotações de 10 anos;
· Controlo do mato com corta-mato;
· Utilização de grade de discos apenas nos aceiros, e em sementeiras de leguminosas, com intervalos nunca inferiores a 5 anos.
Em final de julho / princípio de agosto procede-se à extracção da cortiça e por motivos de uma eficaz gestão florestal o montado de sobro está seccionado, de modo a existirem cinco extracções em cada ciclo de nove anos.
Este Montado de Sobro é um dos 14 santuários mundiais da Biodiversidade.
A distribuição do Sobreiro em Portugal está distribuída principalmente pela região do sudoeste Alentejano e algum na região do Algarve.
Dos valores ambientais relevantes e para além dos que são comuns às florestas em geral, destaca-se, ainda, o facto de assegurar uma diversidade biológica muito rica, pelas excelentes condições de abrigo, ensombramento, suporte alimentar e habitat para a flora e fauna silvestre, e que é considerada uma das mais ricas da Europa.
Impacto Ambiental:
Fatores internos: fertilizações; tratamentos fitossanitários; produção de dejetos
Fatores externos: pressão demográfica; transito; despejos de lixo; poluição industrial (atmosférica e efluentes)
Flora: as camadas de subcoberto de mato e arbustos são caracterizadas pelo urze, tojo, giesta das vassouras, alfazema murta assim como medronheiro e a esteva.
As áreas de pastagem natural dos montados são muito ricas em diversas espécies de plantas. Registou-se 135 espécies / m². A maioria destas plantas são anuais, ou seja, crescem, vivem, produzem semente e morrem no período de um ano.
Portugal é líder mundial na produção de cortiça, (± 90.000 ton, correspondendo a 47,11%.), quer em qualidade quer em quantidade, o primeiro transformador e o primeiro exportador.
Possui a maior área do mundo de montado de sobro, mais de 730 mil ha (34% do total), e produz anualmente entre 100 e 120 mil ton de cortiça (50% do total mundial).
É o maior exportador mundial de produtos transformados, com 63%, o que equivale a 846 milhões de euros.
As exportações portuguesas de cortiça representam:
2% das exportações de bens portugueses;
1,2% nas exportações totais;
Contribuem de forma significativa para o saldo da balança comercial com cerca de 720 milhões de euros.
Balanço social:
Em Portugal, o sobreiro e os sistemas florestais representam 9.000 postos de trabalho fabris directos;
Milhares de postos de trabalho indirectos em atividades ligadas ao montado de sobro de uma importância incontornável: colheita de plantas medicinais e de cogumelos, produção de mel, produção de carvão, caça, pecuária, observação de aves e turismo;
Proporciona 20.000 postos de trabalho de maio a agosto na época de extracção da cortiça.
14 milhões de ton de CO2 / ano fixados pelo montado.
Destruição da floresta:
Aumento da temperatura;
Diminuição da precipitação;
Aumento da taxa de erosão do solo;
Aumento de frequência e do volume das cheias;
Diminuição da produtividade do solo;
Extinção de várias espécies;
Indisponibilidade de produtos florestais essenciais;
Desequilíbrio dos ecossistemas.
Desafios do séc. XXI – população – o condutor:
Minerais;
Produção de alimentos;
Conflitos / terrorismo;
Recursos hídricos;
Energia / segurança / abastecimento;
Saúde e desenvolvimento;
Ecossistemas;
Alterações climáticas;
A seguir a esta pequena explicação, fomos visitar o seu Montado de Sobro. Aí explicou-nos como fazem a extracção da cortiça e o que representam os números pintados nas árvores. Esses números representam o ano que foi extraída a cortiça.